A transição planetária é um período de acontecimentos e ajustamentos no planeta, necessários para encerrar o estágio atual da nossa civilização e dar início a um novo ciclo de experiências nos campos físico, emocional, mental e espiritual. As experiências na matéria ainda são necessárias ao nosso aprendizado, mas elas agora já não serão mais tão dolorosas como antes.
O espiritismo, há muito, vem nos alertando sobre esse momento da Terra, que passará de mundo de provas e expiações a um mundo de regeneração. Em outras palavras, estamos nos preparando para deixar para trás nosso tão conhecido mundo de sofrimentos para adentrarmos a era da compreensão, do entendimento. Isso não significa que o planeta, de uma hora para outra, vai se tornar um paraíso nem que aqui só ficarão os seres mais puros e perfeitos. Se fosse assim, não ficaria ninguém, ou quase ninguém. O planeta se tornaria deserto, inabitado, ao passo que acabaria superpovoando o outro mundo, para o qual muitos de nós serão conduzidos.
Na verdade, continuaremos vivenciando, na matéria, experiências direcionadas ao nosso aprimoramento, sobretudo, moral. Vamos continuar com as nossas dificuldades, lutando para vencer certas tendências, nos esforçando para melhorar. E é aí, justamente, que reside a diferença. Os que vão permanecer aqui não serão, exatamente, os seres de maior iluminação, mas os que já aprenderam que o bem é a única verdade possível e que lutam para alcançar, através de sua prática, a iluminação.
O que vai acabar são as guerras, a fome, a corrupção, o crime. Este será um mundo de respeito, acima de tudo, onde as diferenças passarão a ser encaradas como simples escolhas de crescimento individual, sem qualquer reflexo no campo social ou afetivo. Mas ainda teremos necessidade de leis e da justiça, mas as regrinhas poderão ser abolidas, e a justiça visará a solução de conflitos mais simples, sem necessidade de grandes demandas judiciais nem de leis complexas que engessam e robotizam a conduta humana.
As leis terão o propósito de organizar a sociedade, mas tenderão a desaparecer à medida que formos consolidando o bom senso, que é ditado pelo respeito. Retornaremos, então, ao chamado direito natural, em que cada um sabe o que é certo ou errado sem que ninguém precise dizer. Esse conhecimento virá da maturidade do espírito, resultado das muitas reencarnações em que teve a chance de aprender e consolidar suas virtudes.
Muito bem, mas como se dará tudo isso? Na verdade, as coisas já estão acontecendo há algum tempo. Para reconstruir, é preciso colocar abaixo as velhas estruturas, para que novos e mais sólidos alicerces sejam erguidos. Essa será a segunda etapa de todo o processo de transformação que estamos vivendo. No momento, passamos por uma fase de desconstrução, em que não apenas a natureza renova a vida, mas os velhos valores vão sendo substituídos por outros, muito mais condizentes com a necessidade de amor e respeito do ser humano.
O planeta inteiro está sendo mexido, bem como todas as pessoas que vivem nele. Estamos desconstruindo as velhas estruturas e preparando o terreno para construir as bases da nossa nova vida. Nem sempre isso é fácil, porque é preciso uma boa dose de desapego. Devemos começar a nos exercitar e jogar fora o que não nos serve mais. É como abrir o armário e doar o que não é mais útil, criando espaço para roupas novas. Processo semelhante deve seguir a nossa mente, deixando ir valores e conceitos ultrapassados, substituindo-os por novos ensinamentos e novas conquistas.
O mundo está mudando, e nós é que somos os responsáveis por essa mudança. O planeta vem sofrendo alterações físicas, determinadas pelas forças da natureza, que refletem na vida das pessoas. Terremotos, tsunamis, vulcões, furacões, tudo vem espelhando as ações do homem ao longo dos séculos, até chegar ao ponto em que a Terra diz: “Chega. Não aguento mais”. Esse processo de mudança está preparando a Terra, para que ela melhor se adeque às nossas necessidades futuras.
Paralelamente, parece que as pessoas enlouqueceram. Cada povo com seus problemas, tenta sobreviver ao caos e à desordem. Nota-se um aumento significativo de guerras, intolerância, corrupção, censura, crimes. Temos a impressão de que alguém abriu as portas do umbral e colocou todo mundo para fora. Espíritos empedernidos, encarnados e desencarnados, agem como se fossem os donos do mundo. Os líderes são como seres obscuros a serviço da treva. E o povo se divide entre os ambiciosos, que querem enriquecer a qualquer custo, e as pessoas de bem, que sonham com um mundo melhor.
Sonhar, contudo, não é o bastante. É preciso agir. As pessoas de bem nem sempre são otimistas. Muita gente acredita que o mundo, em especial o nosso país, não tem mais jeito. Há os revoltados, que torcem para que uma catástrofe natural engula os poderosos e corruptos; há os que reclamam, os que falam mal, os que criticam, os que julgam.
Mas há também os que rezam e os que se dispõem a mudar. Pessoas que se ajudam, que só falam coisas boas, que sorriem, que têm esperança e fé. Pessoas que acreditam em si mesmas como instrumentos transformadores da humanidade, porque sabe que é através delas que o mundo se transformará em um lugar melhor. Melhorar a si mesmo é a única forma de mudar o mundo.
Nosso tempo está se esgotando, estamos vivendo nossa última chance no orbe. Quem não conseguir se modificar não vai ter alternativa senão partir para dar início às primeiras raças de outro mundo. Atraídos por um planeta astral que roçará a atmosfera da Terra, os espíritos mais empedernidos seguirão com eles rumo ao novo planeta. Novo, porém, primitivo e selvagem.
Não será uma retirada abrupta. Ninguém vai ser arrancado da Terra e conduzido à força, como em um filme de ficção científica. O que acontece é que, à medida que vão desencarnando, esses espíritos não conseguirão mais permissão para reencarnar aqui. Ficarão aguardando no mundo espiritual. Alguns permanecerão soltos por aí, embora monitorados, enquanto outros serão adormecidos.
São espíritos que, em sua maioria, atingiram as massas de forma tão deletéria, que sua permanência no astral, ainda que inferior, poderia continuar causando enormes estragos à humanidade: Corruptos, terroristas, traficantes, assassinos, em suma, os criminosos. Mas não apenas eles.
Quantas pessoas comuns andam por aí sem respeito ao próximo, sem despertar valores morais, sem olhar para dentro de si mesmas, achando que a melhor política ainda é a de se dar bem? Temos que nos modificar começando pelas pequenas coisas, porque elas também têm importância. Todos nós temos maturidade suficiente para saber que não devemos furar fila, que não devemos furtar, que não devemos dar o calote em ninguém e coisas do gênero. São coisinhas do nosso dia a dia, mas que revelam quem realmente somos.
E muita gente acha que só porque comete pequenos delitos está fora da noção de desonesto, mas não é bem assim. O que se faz em pequena escala, faz-se também em grande assim que a oportunidade se apresentar. Quem furta uma bala na padaria é capaz de furtar uma grande soma em dinheiro. Quem pensa que não é assim deve fazer uma autorreflexão verdadeira. O valor pode ser diferente, mas o ato é idêntico, e a tendência é a mesma. Não é porque não tem ninguém olhando que a gente vai fazer o que é errado. Não precisa nem dizer que Deus tudo vê, porque, além dele, tem a nossa consciência, que não perde nada. E Deus é misericordioso, mas a consciência, uma vez desperta, tende a ser implacável.
Aos poucos, porém, as coisas vão entrando nos eixos. Cessadas as agressões à natureza, a Terra tende a se acomodar, e as catástrofes, a diminuir. Os governantes que, aparentemente, dominam o mundo, acabarão por desencarnar e serão substituídos por outros, mais preparados, mais equilibrados, mais amorosos. São as nossas crianças, muitas das quais já demonstram sinais de uma espiritualização maior, de uma sutilização da inteligência e das emoções que as tornam especiais. E serão elas que substituirão esses espíritos ainda embrutecidos que, aproveitando sua última chance de reencarnar e fazer coisas boas, perderam-se, mais uma vez, na ilusão do poder e da cobiça.
E se alguém pensa que nada vai mudar, porque os filhos são o reflexo dos pais, basta pensar em alguém como Chico Xavier reencarnando na família de um grande político corrupto. Será que ele seguiria o exemplo do pai? Parece que não.
Então, acreditem que é isso que vai acontecer. Muitos Chicos Xavier estão reencarnando na Terra, nesse momento, e é a eles que pertence o nosso futuro, é a eles que cabe a reconstrução do planeta e da nova humanidade.
A ele e a nós, que assumimos o compromisso de nos tornar pessoas melhores. Então, não perca tempo:
A hora de melhorar é agora!!!
EXCELENTE: O TEXTO VAI TRANQUILIZAR MUITOS CORAÇÔES AFLITOS….. OBRIGADO, OBRIGADO…..
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