Estamos vivendo tempos realmente confusos e estranhos. O futuro está bem aí, acenando com transformações importantes no nosso mundo tão caótico. Precisamos nos desapegar dos medos e investir no que é novo, deixando para trás velhos conceitos que não servem mais para nada.
Confiança em Deus é o único jeito de superarmos essas dificuldades. Temos que ter esperança, acreditar que Deus está presente em cada momento das nossas vidas, e que a espiritualidade trabalha para nos ajudar a superar as crises. Mas precisamos fazer a nossa parte. Não adianta a gente só reclamar e não agir.
Os modelos de governabilidade que conhecemos estão falidos (ao menos, no nosso país). Nunca a descrença se espalhou com tanto fervor entre os cidadãos do Brasil. Todo mundo fala, reclama, critica, mas poucos são aqueles que se atrevem a aceitar as mudanças que a própria vida está nos oferecendo.
Pare para pensar!
Porque, francamente, não dá para entender a reação de algumas pessoas à privatização das paraestatais. O que é que tem de mais? Que o governo não tem competência para gerir empresas, todo mundo já sabe. Então, por que não arriscar e entregar a gerência nas mãos da iniciativa privada?
Isso não significa que as empresas serão espoliadas (como se já não estivessem sendo, e muito!). Significa que o particular, visando lucro, vai cuidar mais do que é seu e não vai se permitir ser roubado.
E qual o problema em visar lucro? As própria paraestatais visam lucro. Ganhar dinheiro honestamente não é crime nem pecado. Todo mundo critica quem tem dinheiro, mas a verdade é que todo mundo quer ter.
Afinal, quanto mais riqueza o país produzir, mais ricos serão, em tese, seus cidadãos. Desde que, é claro, todos parem de tentar levar o seu quinhão, tirar a sua lasquinha e embolsar o que não lhes pertence.
A revista Veja divulgou que 55% dos eleitores rejeitam a privatização da Petrobras e 74% se opõem à venda para estrangeiros. Certo. Porque a maioria do capital público e nacional investido na paraestatal reverte em favor do povo e contribui para a diminuição da pobreza no país, não é?
Ah! E tem mais uma coisa. O dinheiro está todo lá, nos cofres da companhia, esperando para ser investido na saúde e na educação.
O petróleo é nosso?! Desde quando?
Privatizar não é entregar o patrimônio nacional nas mãos de estrangeiros incompetentes e gananciosos (como se já não bastassem os incompetentes e gananciosos que existem por aqui). A lei (que deve ser imparcial e justa) está aí para impor regras e impedir abusos.
Se o modelo antigo não está dando certo, por que não arriscar o novo? O que é que a gente tem a perder que já não esteja perdido?
Gosto de pensar com a minha cabeça, não com as ideias pré-concebidas, retrógradas e ultrapassadas que nos foram impostas goela abaixo e que ninguém está acostumado a questionar.
Gosto de arriscar em coisas novas, cujos resultados acenam com a perspectiva do progresso, da justiça e do respeito.
Não sou tradicionalista. Nem um pouco. Acho que a gente deve manter o que é bom e está dando certo, mas não deve se apegar a nenhum modelo ou valor transitório, porque a vida é dinâmica e corre o risco de ficarmos para trás na incessante marcha da evolução.
Não adianta tentar conter o que está sendo alcançado pela enxurrada da transformação. Ninguém consegue deter o avanço do mar nem a correnteza do rio. Se as águas correm para um lado, tentar levar o barco para o outro é perda de tempo e de energia.
No fim, a natureza sempre vence, as coisas mudam e a vida avança. Vamos todos avançar com ela, servindo de bom exemplo para o mundo, sem nos dissociarmos de nossos valores, das nossas conquistas e do bem que podemos fazer à humanidade.