O universo não está parado, mas num constante movimento de expansão. Galáxias desaparecem e surgem, estrelas se apagam e nascem, corpos celestes se chocam na movimentação intensa do cosmo situado acima de nós e do qual todos fazemos parte.
O movimento contínuo do universo atua tanto no macro quanto no microcosmo. Está fora de nós e também em nós. Faz parte das coisas gigantes e das coisas pequenas, e também das menores ainda. Onde nos situamos nisso tudo? Em tudo, em todos os lugares, em qualquer ponto do infinito onde a matéria propagada pela grande explosão tenha germinado. Não estamos todos conectados? Não somos todos um?
Deus está em toda parte, logo, está em cada minúscula partícula que pulula no universo. O espaço está cheio de coisas que não vemos, que desconhecemos, com as quais sequer podemos sonhar… mas elas estão lá. Nossa ignorância não faz com que elas desapareçam ou simplesmente se finjam de mortas para satisfazer a nossa pequenez.
O espaço, portanto, está cheio de Deus. As estrelas estão cheias de Deus, assim como os planetas, os mares, os animais e as pessoas. Porque tudo se fez do mesmo princípio básico; tudo o que foi feito foi feito à semelhança de Deus. Tudo é muito mais do que parte de Deus. Tudo é o próprio Deus, a força criativa que é puro amor, uma energia que apenas É… Deus é o próprio universo refletido em nós.
Esse é o universo em movimento, em constante mutação, preenchido de coisas invisíveis e estranhas, sempre atarefado com algum fenômeno situado entre a luz mais brilhante e a escuridão total. O universo não para, não descansa, não se detém. Simplesmente se expande, explode, abre buracos, vai se propagando pela imensidão escura, envolvendo galáxias inteiras com mais coisas que não vemos, mas que continuam lá.
Cada um de nós é o nosso próprio universo em movimento. Mas, diferentemente de nós, o cosmo não tem preguiça de se mexer. O ser humano, ao contrário, tende a se acomodar numa zona de conforto da qual, muitas vezes, se torna difícil desapegar-se. É assim: ou a gente quer continuar parado, ou não quer se mexer de outro jeito. Ou seja, todo mundo (ou quase todo mundo) se acomoda na mesmice.
Por que tanta resistência à modificação? Por que não sair da inércia e arriscar coisas novas? Por que não se permitir agitar um pouco a vida ou iniciar uma dança diferente? Porque o medo, o comodismo, a preguiça e tantas outras desculpas nos impedem de experimentar o novo.
Só que nós não fomos feitos assim nem nos desenvolvemos para isso. O universo está em movimento, assim como nós devemos estar. Sempre. Só assim pode haver crescimento. Parado, ninguém chega a lugar nenhum. No mesmo ritmo, pode levar muito tempo. Precisamos avançar e acelerar. Isso não quer dizer que devemos ter pressa. Só que não precisamos ficar para trás, porque a vida não espera por ninguém. Ela passa e a gente fica olhando, tentando imaginar para onde ela foi. E não volta mais.
Melhor então é liberar o movimento, tanto do corpo, quanto da mente. Trabalhar, estudar, ler, ajudar… Investir no autocrescimento para alcançar a verdadeira liberdade, que há de ser a libertação das ilusões do mundo da matéria. Com isso, alcançaremos o amor, alcançaremos nossa essência mais verdadeira, alcançaremos Deus.